Com o objetivo de promover o bem-estar e a saúde dos pacientes com úlceras (feridas) nos pés causadas pelo Diabetes, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) realizará, de 5 a 6 de abril, em Manaus, o II Curso de Atenção Integral ao Paciente Portador de Pé Diabético e Úlcera Varicosa, para profissionais da área de ortopedia, enfermagem, infectologia, cirurgiões vasculares, clínicos e residentes. O início será às 14h no Auditório da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA/UEA).
Desde 2015, a UEA vem realizando eventos relacionados ao pé diabético. A iniciativa da Universidade está de acordo com preocupação em superar os problemas e desafios que a doença provoca em pacientes. Segundo o reitor da UEA e coordenador do curso, Cleinaldo Costa, as inscrições foram encerradas em menos de dois dias diante da procura significativa do público pelo treinamento. “Tivemos 340 inscritos em menos de 24 horas. Isso só reforça a necessidade de darmos maior importância a este assunto no nosso Estado”.
A programação contará com a presença de dois professores de referência internacional que estarão participando da qualificação dos profissionais do Amazonas, o Dr. Guilherme Pitta da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, Escola de Ciências Médicas de Alagoas (UNCISAL) e o Dr. Jackson Caiafa do Hospital Federal dos Servidores do Estado no Rio de Janeiro. O curso está dividido em aulas teóricas e oficinas práticas, com atendimento inclusive à pacientes no Hospital Adriano Jorge.
O curso conta com a parceria do Cendovascular, Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional Amazonas (SBACV-AM), Hospital Adriano Jorge e Secretaria de Estado de Saúde (SUSAM).
UEA discute ações com Susam para a melhoria do atendimento a pacientes com pé diabético – Desde janeiro de 2019 a UEA vem discutindo com a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) estratégias integradas para a melhoria do atendimento aos pacientes com pé diabético na rede pública. A ideia consiste na integração dos serviços já existentes e a organização do fluxo de atendimento em toda a rede de saúde pública para um acompanhamento integral ao paciente.
Na ocasião, o Reitor informou que o pé diabético é considerado hoje um problema de saúde pública no Brasil e no Amazonas e apresentou projetos que vêm sendo desenvolvidos pela UEA, com uso de Telemedicina, para atendimento a pacientes do interior, além de estudos e experiências exitosas que podem contribuir para a redução de danos nos pacientes. “As estatísticas apresentadas não se modificaram ao longo de dez anos em relação às amputações dos pacientes nesta condição. Temos dados que demonstram que 57% dos pacientes com pé diabético vão progredir para amputação de dedos nos pés, amputação na frente dos pés e, eventualmente, a amputação de perna ou de coxa”, explicou.
De acordo com Cleinaldo Costa, há um modelo de cuidado multidisciplinar integral do paciente pé diabético reconhecido pelo Ministério da Saúde, com bons resultados em vários Estados, que aposta na educação em saúde e prevenção, antes que o quadro evolua para outras doenças, como o derrame, infarto, insuficiência renal, cegueira e até a morte.
Texto: Mirineia Nascimento/ASCOM UEA