Para aproximar os alunos do curso de Medicina à atenção primária com ênfase na região Norte, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), lançaram na última segunda-feira (3), o curso de Especialização em Saúde Pública da Família e Comunidade. O evento ocorreu na Escola Superior de Ciência da Saúde (ESA/UEA), localizada na Avenida Carvalho Leal, 1777, Cachoeirinha,
A dirigente da Escola de Saúde Pública de Manaus (ESAP/Semsa), Kássia Veras, conta que o órgão assumiu como prioridade a contribuição para a reorientação da formação profissional para o Sistema Único de Saúde (SUS). “A inserção de alunos em formação no serviço é muito benéfica, pois além de induzir a qualificação do serviço, ele movimenta toda a unidade e os profissionais, contribuindo com o coletivo e individual. Dessa forma ampliaremos a oferta do cuidado, teremos médicos atendendo e experimentando a prática”, explica Kássia.
A professora do curso de Medicina da ESA/UEA e coordenadora geral do curso de Especialização em Saúde Pública da Família e Comunidade, Jacqueline Sachett, diz que o curso foi pensado para ter uma interlocução entre a academia e a assistência, semelhante aos moldes do Programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde. “O curso foi montado com ênfase em questões regionais, tem a parte básica, onde será ministrada saúde pública legislações e manuais utilizados na atenção primária. E, também, contará com disciplinas específicas voltadas aos quilombolas, indígenas, ribeirinhos e à cultura”, observa.
O curso surgiu a partir do Acordo de Cooperação Técnica na Atenção Primária à Saúde para profissionais e trabalhadores da saúde, firmado no ultimo semestre do ano passado, por meio da Escola de Saúde Pública de Manaus (ESAP/SEMSA). Entre outros objetivos do curso, vale salientar que o foco é colaborar para que os médicos tenham um melhor entendimento da comunidade onde estão inseridos, que é a Amazônia.
O curso tem duração de um ano e meio, carga horária acima de 360 horas, e ao fim, os alunos, escolhidos por meio de um processo seletivo, apresentarão um relato de experiência sobre a vivência em que estiveram inseridos durante sua estadia na unidade básica.
Texto: Guilherme Oliveira / ASCOM UEA