UEA realiza pesquisa acerca do impacto da Covid-19 sobre os negócios em Manaus

A coleta de dados aconteceu entre os dias 24 de abril e 2 de maio de 2020.

Visando entender melhor o impacto da ruptura sobre a economia local devido a pandemia da Covid-19, o curso de Ciências Econômicas da Escola Superior de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Amazonas (ESO/UEA) conduziu uma pesquisa com 202 empresários locais, buscando captar as percepções quanto aos desdobramentos da crise.

Coordenada pelos professores do curso de Ciêcias Econômicas da ESO/UEA, Roderick Castello Branco e André Teixeira, o estudo tem como objetivo central entender como o empresário do comércio de Manaus percebe os efeitos da crise pandêmica sobre as empresas que administram.

Contribuindo com a comunidade

O resultado pode servir de fonte para políticas públicas mais eficientes, tendo em vista que em crises como essa, as empresas se veem forçadas a gerir de forma mais eficiente o fluxo de caixa, atrasando o pagamento de fornecedores, suspendendo compras e demitindo funcionários.

Observou-se ainda que 85% das empresas de Manaus ficaram total ou parcialmente paralisadas durante a pandemia, e que 54% das respondentes demitiram colaboradores.

Segundo o professor Roderick Castello Branco, os dados retratam uma realidade muito dura e todos devem estar preparados para os efeitos sobre a qualidade de vida local. “Ficamos muito satisfeitos em saber que a pesquisa pode ajudar o empresariado local, sobretudo as micro e pequenas empresas, expondo suas preocupações e sentimentos e estimulando ações mitigadoras mais precisas. Mas também muito preocupados”, salientou Roderick.

Sobre a pesquisa

A pesquisa está dividida em três partes. Na primeira são identificados os pesquisados, considerando aspectos como tamanho, setor, quantidade de empregados, localização, se ficou paralisado durante a crise etc. Em seguida foram elaboradas perguntas para compreender como o empresário se vê diante da crise: o quão preocupado está, se teve de demitir e quanto teve de demitir, se acredita que reabrirá após a reabertura do comércio, percepção sobre o faturamento de 2020 entre outras.

A última seção traz perguntas sobre a percepção da intensidade de como a pandemia irá e está afetando o negócio, com as alternativas de respostas oscilando entre “discordo totalmente” e “concordo totalmente”. Nesta parte foi quantificado o nível de aprovação do empresariado às medidas de isolamento social, se entendem que estas medidas seriam mais importantes que “manter a economia funcionando” e o nível de aprovação das políticas estaduais e federais para manutenção da atividade econômica.

Texto: Guilherme Oliveira / ASCOM UEA

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