A equipe Arapaima Gigas, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), recebeu o Prêmio Especial por abordar a Covid-19 durante a competição internacional promovida pela Worldwide Ferry Safety Association (WSFA). Com o título de “8th Annual International Student Design Competition for a Safe”, o objetivo da competição é reduzir as fatalidades em balsas e expandir o uso de balsas seguras em todo o mundo, a fim de projetar embarcações seguras e acessíveis. Além do Prêmio Especial, a UEA ficou em quarto lugar no ranking mundial das Escolas de Engenharia Naval que participaram da competição.
O time conta ainda com integrantes alunos da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Como uma das exigências era que o projeto deveria ser todo executado pelos alunos, os professores se organizavam semanalmente de acordo com as demandas e cronograma dos acadêmicos. Nas reuniões, que aconteciam duas vezes por semana, os orientadores ministravam uma hora de aula pra auxiliá-los tecnicamente e embasá-los para desenvolverem sozinhos.
Sobre o projeto
Este ano, o desafio proposto aos participantes foi desenvolver uma balsa para transportar cerca de 300 passageiros, entre Manaus e Tefé, numa viagem de 20 horas. Por causa da disseminação contínua da Covid-19 no Brasil e a transmissão via transporte fluvial, as equipes foram orientadas a incluir recursos para prevenir a transmissão viral.
A equipe, comandada por Kleyphide Pereira da Silva, tem como integrantes os discentes do curso de engenharias da UEA, Andrey Felipe Lima, Brendo Xavier Lima, Lauro Benicio Gambizs, Leandra Karolina Batista Leal, Rodrigo Pereira Guerreiro, Vinícius Soares Bechman. Os professores orientadores são Marina Aranha de Sousa, Ariel Victor do Nascimento, André Vinícius Araújo, Luiz Antônio Vaz, Ulisses Admar Barbosa e Ricardo Homero Ramírez.
Capitão da equipe, o discente da UEA Kleyphide Pereira da Silva explica que o curso de Engenharia Naval possui diversos projetos de formação de equipe, entre eles o Arapaima Gigas, e que esta foi a primeira competição internacional na qual o time participou.
“Foi um trabalho extremamente difícil, pois minha equipe, assim como eu, nunca tínhamos feito nada tão grande quanto, mas penso que nos saímos muito bem para uma primeira tentativa, acredito que a importância maior não foi necessariamente a premiação em si, mas o grande passo que demos no caminho ao reconhecimento. Estávamos explorando nossas habilidades adquiridas em sala de aula e, sem dúvidas, foi uma experiência incrível”, disse.
Sobre a equipe
O Arapaima Gigas foi denominado assim em homenagem à região amazônica, por ser o nome científico do pirarucu, o maior peixe da região. De acordo com a professora da UEA e orientadora da equipe, Marina Aranha, o grupo é a primeira a representar o Brasil na competição. “Na nossa primeira participação, ficamos com um prêmio especial dentre equipes pioneiras que participam da competição desde a primeira edição. Como não ter orgulho?! Fico muito emocionada e lisonjeada de colaborar com meus alunos, pois mais do que uma equipe, nos tornamos uma família”, disse Marina.
A professora acredita que a vitória seja um arauto de esperança e incentivo para os atuantes de Engenharia Naval e incentivo para o restante dos alunos da Universidade, principalmente da EST/UEA, visto quer trouxeram a interdisciplinaridade de cursos, mostrando como as Engenharias se conectam. “Superamos muitos desafios e dificuldades, desde estrutural a emocional, trabalhamos à distância em meio a pandemia, ainda na segunda onda que abalou a todos, juntamos forças e não esmorecemos”, comenta.
Texto: Guilherme Oliveira/ASCOM UEA