Rede de Recursos Humanos e Inteligência para Sustentabilidade é lançada no CESSG/UEA

Iniciativa visa promover uma conexão com mais de 40 mil pesquisadores e entidades por meio de uma plataforma voltada à divulgação e à promoção de projetos e soluções no campo da ciência e da tecnologia.

Mais de 30 pesquisadores, acadêmicos, representantes indígenas e de instituições de ensino e pesquisa participaram nesta quinta-feira, 22/07, no Centro de Estudos Superiores de São Gabriel da Cachoeira da Universidade do Estado do Amazonas (CESSG/UEA) do lançamento da Rede de Recursos Humanos e Inteligência para a Sustentabilidade da Amazônia (Rede RHISA). A iniciativa visa promover uma conexão com mais de 40 mil pesquisadores e entidades por meio de uma plataforma voltada à divulgação e à promoção de projetos e soluções no campo da ciência e da tecnologia em prol do desenvolvimento sustentável da Amazônia.

O encontro na região do Alto Rio Negro foi promovido pelo Instituto Acariquara com o apoio do Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) e Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Durante o lançamento da Rede Rhisa, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o funcionamento da plataforma e como aderir ao projeto.

“Com a Rede Rhisa, nós teremos disponível soluções que possam promover o bem estar social, a geração de renda, mais trabalho e oportunidades de negócios para a sociedade, transformando aquele conhecimento cientifico que foi gerado desde a pesquisa de base até a aplicação dos resultados feitos e isso faz uma diferença muito grande na nossa vida e no bem estar da humanidade”, destacou o titular da Sedecti, Jório Veiga.

Para a secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sedecti, Tatiana Schor, que também atua na coordenação da Rede RHISA, a escolha do município de São Gabriel para início dos trabalhos da plataforma se deu pela relevância da região.

“Escolhemos São Gabriel porque estamos num ponto estratégico para o Brasil, no qual nós temos 23 etnias indígenas, 19 línguas faladas, um conjunto de pesquisadores indígenas e não indígenas com questões colocadas de todas as maneiras em diversas áreas como na arqueologia, antropologia, biologia, geologia. Nós entendemos que a Rede Rhisa é a oportunidade para que a gente possa conhecer como os pesquisadores estão trabalhando aqui, o que precisa para ser fortalecido e de que forma a pesquisa na Amazonia, a ciência e a tecnologia produzida aqui, pode sim servir para o desenvolvimento econômico, para as questões de justiça social, e principalmente para a salva guarda dos povos tradicionais, e dos territórios indígenas e unidades de conservação”, afirmou a secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sedecti, Tatiana Schor, que também atua na coordenação da Rede RHISA.

A programação em São Gabriel da Cachoeira será a primeira de uma série de atividades que as organizações desenvolvedoras da Rede RHISA realizarão neste ano em pelo menos 11 municípios do Amazonas. A ideia é apresentar as estratégias e as ferramentas que serão utilizadas, a fim de formar uma densa rede colaborativa de pesquisa, desenvolvimento e inovação regional, para a troca de informações e experiências, apoio mútuo a projetos e interlocução com setores da sociedade, empresas e governos.

Além de São Gabriel, as mobilizações da Sedecti e Instituto Acariquara irão ocorrer também nas cidades de Tabatinga, Tefé, Coari, Lábrea, Humaitá, Parintins, Barreirinha, Nhamundá, Itacoatiara, Itapiranga e Silves.

“Recebemos aqui nessa campanha de engajamento em São Gabriel um grupo expressivo de pesquisadores, lideranças locais e de organizações que certamente vão contribuir para a ampliação da rede Rhisa nesse primeiro ano em que estamos atuando muito fortemente nos municípios a partir das próximas mobilizações e estamos muito otimistas com a consolidação desse projeto que a partir do ano que vem seguirá para os Estados da Amazônia Legal”, destacou o coordenador técnico da Rede RHISA e ponto focal da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN Amazônia) na Ufam, professor Henrique Pereira.

A mobilização da Rede Rhisa com a apresentação da plataforma surpreendeu docentes e gestores da Educação que prestigiaram o encontro. “Essa plataforma veio bem a calhar, pois vai nos deixar muito à vontade para que a gente possa inserir nossos projetos, dar mais visibilidade pra eles, fazer parcerias com outros pesquisadores da região, porque como é sabedor, esses pesquisadores que estão aqui mal nós sabemos o que eles estão pesquisando, então, essa plataforma vai unir e direcionar essa rede de colaboração para que no futuro, a gente possa corroborar e saber de outras pesquisas de outros pesquisadores da região e fortalecer com isso o nosso conhecimento e repassar para os nossos alunos e novos pesquisadores”, comentou a professora do Campus do Ifam de São Gabriel, Cleoni Virgílio da Silveira.]

Para o assessor da Secretaria Municipal de Educação, Daniel Benjamin da Silva, da etnia Baniwa, a plataforma da Rede Rhisa chega como uma novidade para a região do Alto Rio Negro e será uma oportunidade para que os acadêmicos e pesquisadores do município possam absorver e trocar experiências em prol do desenvolvimento da região “Temos muitos intelectuais e acadêmicos que estão em campo aqui e será uma rede importante na qual poderemos socializar e buscar desenvolvimento”, enfatizou Daniel.

Texto: Tereza Teófilo Instituto Acariquara / Rede Rhisa

Foto: Divulgação Instituto Acariquara / Rede Rhisa

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