Mudança de hábito: Como o Sistema de Bibliotecas da UEA se adaptou à pandemia?

Para continuar contribuindo com a comunidade acadêmica, SIB/UEA criou um protocolo de biossegurança, além do serviço de empréstimo e devoluções de livros.

Oferecer um serviço de qualidade exige compromisso. Durante um período de paralisação mundial, como a Pandemia do Coronavírus, esse compromisso deve ser redobrado. A equipe do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade do Estado do Amazonas (SIB/UEA) se organizou para, mesmo com a suspensão das aulas e atividades presenciais, o serviço pudesse ser mantido com qualidade e competência. Para isso, foi elaborado um protocolo de biossegurança para que os usuários e servidores tivessem o máximo de prevenção contra a Covid-19, além da criação de novos serviços.

A diretora do SIB/UEA, Jeane Macelino, explica que, assim como os alunos que tiveram um novo ambiente de estudo virtual, a grande dificuldade foi conviver com a nova realidade do trabalho em casa. “Como a nossa universidade continuou com as aulas em acesso remoto, era preciso continuarmos com o serviço das bibliotecas: o atendimento aos usuários com empréstimos e devoluções das obras. Sem contar que, muitas vezes, os servidores não dispunham de equipamentos como computadores e internet”, aponta.

De acordo com a gestora, o segundo passo foi a criação do serviço de empréstimo e devoluções chamado ‘Pegue e Siga’. Ambos os serviços são realizados por agendamento da data e hora que o livro estará disponível para empréstimo. Como as bibliotecas são equipadas por uma tecnologia RFID (Identificação por radiofrequência) e autoatendimento, o trabalho se torna mais seguro e sem contato entre usuário e servidor, isto é, o usuário faz o empréstimo sozinho. Por segurança, todos os livros devolvidos são obrigatoriamente submetidos a uma quarentena de cinco dias.

Oferta de serviços

Aos usuários das bibliotecas, foram ofertados treinamentos para acesso à pesquisa em bases de dados, principalmente no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), orientações à normalização de trabalhos acadêmicos, emissão de nada consta, confecção de ficha catalográfica e renovação das obras. Aos servidores, foram promovidos treinamentos do sistema Pergamum, depósito mediado no Repositório Institucional, orientações para o uso do Protocolo de biossegurança adotado pelo SIB/UEA.

Segundo a bibliotecária do Centro de Estudos Superiores de Parintins (CESP), Tatiana Pinheiro, durante o pico da pandemia, o atendimento ao usuário da Biblioteca era realizado todo on-line, por e-mail e pelo aplicativo de mensagens ‘WhatsApp’. Com o retorno das atividades, o atendimento passou a ser por agendamento e foram iniciados os protocolos de segurança contra a Covid-19. “Com o novo sistema do autoatendimento e o sistema de segurança, facilitou muito o tempo de espera dos alunos. É possível emprestar cinco livros em questão de minuto. O serviço veio para facilitar o tempo e a segurança do acervo”, comenta Tatiana.

Cuidado com os alunos

O aluno do curso de Licenciatura em Química do CESP/UEA, Kedson Bruce, relata como foi o uso da biblioteca durante o período pandemia. “Durante esse período, meu uso da biblioteca continuou normal. Todos os serviços atendem aos requisitos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos Decretos Municipais. Não há aglomerações nem filas, o espaço para atendimento é amplo. Ao entrar, aferimos a temperatura e passamos álcool gel, além do totem de álcool que é disponibilizado no interior da biblioteca”, disse Bruce.

Kedson descreve como agia quando precisava emprestar um livro: “Pesquisava o livro no portal de gerenciamento, passava para o secretário de curso, que redirecionava para a biblioteca e reservava a obra escolhida. Após o agendamento com hora marcada, para evitar aglomerações, o livro ficava na portaria da universidade e era retirado após assinar o termo de cautela”, explica.

Texto: Guilherme Oliveira/ASCOM UEA

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