UEA promove mostra teatral na Escola de Direito

Evento foi organizado pelo movimento Consciência Solidária, composto por alunos da universidade

“Nós resistimos e exigimos respeito”. Esta é a mensagem que a “Mostra de Teatro e Direito UEA” abordou, nesta quinta (22/09), na Escola de Direito da Universidade do Estado do Amazonas (ED/UEA). Organizado pelo movimento Consciência Solidária, criado por alunos da ED, em parceria com a Escola Superior de Artes e Turismo (Esat), o evento contou com apresentações teatrais de alunos e artistas locais, duas rodas de conversa, sendo uma com professores (as) e pesquisadores(as) da UEA, e outra composta por artistas trans e não-binários. A mostra buscou englobar questões relacionadas à discriminações racial, sexual, de opressões de gênero e até mesmo o etarismo.

No total, foram apresentadas seis performances de cena curta: “Vovó, vovô: sintam-se plenos (as)” abordou o etarismo e estereótipos sobre a terceira idade; “Mão inteira” relatou as questões de opressão de gênero em nossa sociedade; “O negacionista”, que retrata um homem com ideais questionáveis e controversos; “Abaporutação” busca o entretenimento da plateia por meio de um jogo de repetição e exaustão; e “A busca por resposta” com o olhar de uma atriz e professora bilíngue indígena. Por fim, a drag queen Anahí, vestida de princesa, apresentou os sonhos de uma jovem sonhadora e a necessidade de querer existir.

Após as apresentações, o evento promoveu uma roda de conversas entre professores da UEA e pesquisadores. Com a mediação da Prof.ª Dra. Alice Sobral, participação do Prof. Dr. Darlisom Ferreira, dos Profs. Mes. Neuton Alves e Fábio Carmo e da convidada Ma. Michele Pires, a conversa abrangeu diversas questões, como as dificuldades enfrentadas por grupos vulneráveis, incluindo o desemparo familiar e questões relacionadas à saúde mental, aproveitando o enfoque proporcionado pelo Setembro Amarelo. Em seguida, os artistas Andira Matagal, Correnteza Braba e Leo Scantbelruy, com mediação de Ariel Kuma, discutiram sobre a diversidade cultural e o espaço do corpo negro e não-binário na sociedade contemporânea, finalizando o evento.

Consciência Solidária – Coordenado pela Prof.ª Dra. Alice Sobral e Prof. Me. Denison Aguiar, da ED; e pela Prof.ª Ma. Annie Martins, da Esat, a mostra integra o projeto “Consciência Solidária” idealizado pelo Núcleo de Inclusão e pelo Núcleo de Ciências Criminais da UEA.

Segundo a professora Alice Sobral, o movimento, em princípio, seria apenas para conscientização do Setembro Amarelo, mas acabou se estendendo para questões, além de somente a prevenção do suicídio. “Os diversos públicos reforçaram a mensagem que ‘nós existimos, nós temos direitos e merecemos o respeito de todos, assim como todos devem ser respeitados'”, reforçou Sobral.

Texto por: Pedro Xavier/Ascom UEA.

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