Acadêmico e professor do Cesit/UEA têm programa “Kariti” reconhecido pelo Inpi

Sistema foi desenvolvido durante iniciação científica para dar suporte aos professores na correção de atividades

O acadêmico Mateus Santos, do curso de Licenciatura em Computação do Centro de Estudos Superiores de Itacoatiara da Universidade do Estado do Amazonas (Cesit/UEA) juntamente com seu orientador, o Prof. Dr. Kleber Padovani, tem certificado de propriedade intelectual reconhecido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) pelo programa de computador denominado Kariti, criado e implementado durante iniciação científica.

O programa é um sistema de códigos gratuito que foi desenvolvido para dar suporte à correção de atividades, sob financiamento do Programa de Apoio à Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Paic/Fapeam). A publicação foi feita pela Diretoria de Patentes, Programas de Computador e Topografia de Circuitos, por meio da edição de Nº 2714 da Revista de Propriedade Industrial, de 10 de janeiro de 2023 (Processo: BR 51 2023 000027-2 Código 730).

O Prof. Dr. Kleber Padovani explica que o programa, cujo registro tem duração de 50 anos, foi desenvolvido com uso de técnicas e ferramentas de processamento de imagens e visão computacional e tem como objetivo auxiliar docentes, de todas as modalidades de ensino, com a correção automatizada de provas objetivas. O sistema oferece um ambiente na web para que o professor cadastre a prova objetiva a ser aplicada, inserindo um nome para posterior identificação da prova, a quantidade de questões objetivas, a quantidade de alternativas das questões e a definição das alternativas corretas para cada questão e as pontuações correspondentes.

“Com base nessas informações, o Kariti gera o arquivo para impressão, em PDF, dos cartões de respostas, que, além de conter o cartão de respostas a ser preenchido pelos estudantes (com as “bolinhas”), contém um código de barras (QR Code) que permite a posterior identificação computadorizada dos dados da prova e do estudante”, ressaltou o orientador.

Em posse dos cartões impressos pelo docente e respondidos à caneta pelos estudantes, o docente digitaliza as imagens dos cartões (pelo celular ou, preferencialmente, por um scanner) e envia as imagens dos cartões preenchidos ao software desenvolvido. O Kariti, então, para cada cartão recupera os identificadores da prova e do estudante por meio da leitura do QR Code, busca as informações necessárias para a correção (incluindo o gabarito correspondente) no banco de dados do sistema, identifica por meio de análise das imagens as respostas apresentadas pelos alunos e, por fim, armazena no banco de dados e apresenta ao professor os resultados individuais dos discentes para cada questão e a nota alcançada.

Origem do nome Kariti – Com o intuito de regionalizar e valorizar a cultura do Estado do Amazonas e na busca por um nome que remeta à otimização e redução de tempo de trabalho docente com as correções de provas, o nome do software, Kariti foi escolhido pela redução da palavra Karitinoni, proveniente da etnia indígena local denominada Wai Wai, que pode ser traduzido para o português como “velocidade”, de acordo com o indígena Aldenilson de Souza Wai Wai e sua esposa, Aline Maria Farias Figueiredo, responsáveis pela sugestão e tradução dos nomes para o português.

O programa, que foi desenvolvido dentro de uma proposta de software livre, é gratuito e possui códigos-fonte abertos, disponíveis em: https://github.com/karitisystem/kariti.

Demais informações sobre o Kariti podem ser obtidas na publicação científica de apresentação do software em: https://revista.faculdadeprojecao.edu.br/index.php/Projecao4/article/view/1814/1502.

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