Pesquisadores do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Patrimônio, Arqueometria e Ambiente na Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas (Gepia/UEA) realizaram, no sábado (21/01), a primeira queima de cerâmica do ano. A atividade teve como objetivo assar objetos confeccionados por alunos para transformá-los em cerâmica, garantindo durabilidade e resistência ao material.
A atividade foi supervisionada pela vice-coordenadora do grupo, Profª. Dra Clarice Biachezzi, e ocorreu no Laboratório de Cerâmica (LabCer), localizado no Centro de Estudos Superiores de Parintins (Cesp) da UEA.
A argila foi preparada pela docente, partindo de estudos a respeito do modo de fazer cerâmica dos povos indígenas do passado (cerâmica arqueológica) e do presente (cerâmica contemporânea).
A queima do material fez parte da última etapa do processo de confecção de cerâmicas, que consiste em: a) coleta da argila; b) coleta e processamento do antiplástico; c) preparação da pasta (argila+antiplástico); d) confecção dos objetos; e) polimento e decoração dos objetos; f) secagem (ao menos uma semana em espaço ventilado); g) queima.
Os objetos foram queimados no forno a lenha Guaracy, que foi construído pelo egresso do curso de História do Cesp/UEA Alef Fernandes Cruz, com supervisão do Prof. Dr. Adriano Santos, durante pesquisa científica concluída no ano de 2022.
A professora Clarice Biachezzi agradeceu o desempenho de todos na atividade e falou que “o processo de queima levou nove horas para ser concluído, e foi um sucesso”. Ao todo, obteve-se aproveitamento de todas as peças, não houve quebra ou avaria. “As peças serão devolvidas a cada pessoa que as confeccionou, ficando como lembrança do aprendizado e relação com a história, e o patrimônio amazônico brasileiro”, finalizou a professora.