Em São Gabriel da Cachoeira (distante 852 quilômetros de Manaus), estudo realizou a identificação e o mapeamento do patrimônio geológico e arqueológico da cidade. Além de gerar conhecimento científico, o projeto também promoveu o incentivo a atividades ligadas ao etnogeoturismo no município. A pesquisa recebeu apoio do Governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
Por meio do projeto, foi identificado um sítio arqueológico em conjuntos rochosos na comunidade Cabari, localizada à margem direita do Rio Negro, próximo à sede de São Gabriel da Cachoeira.
E no Morro Fortaleza, bem como em vários pontos da cidade, foram mapeados vestígios e fragmentos de cerâmicas, de onde foram retirados 550 quilos de material arqueológico, que se encontram no Museu da Amazônia, em Manaus, para tratamento e exposição pública.
Segundo a coordenadora da pesquisa, a doutora em Sociedade e Cultura na Amazônia Solange Pereira do Nascimento, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), na orla de São Gabriel da Cachoeira, os pesquisadores reportaram ter identificado conjuntos rochosos expostos durante a vazante do rio Negro.
“A pesquisa realizou importantes levantamentos e inventários pioneiros na região, cujos resultados podem substanciar outras atividades de pesquisa e extensão no âmbito das Ciências Humanas” destacou.
Conhecimento e preservação
Também na sede de São Gabriel da Cachoeira, foram observados extratos de solo de terra preta na Praça da Diocese da cidade e em outras áreas. Além disso, a pesquisa inseriu o Morro de Seis Lagos no Geossit, plataforma on-line de cadastro de sítios arqueológicos.
Deste modo, com a soma dos dados identificados e das informações coletadas no âmbito do projeto, o estudo pode auxiliar na implementação de políticas públicas voltadas para a proteção e conservação ambiental.
Equipe
Ao todo, seis pessoas participaram do estudo, intitulado “Pelos Caminhos da Canoa da Transformação ao Etnogeoturismo em São Gabriel da Cachoeira (AM)”.
Entre os participantes estão geólogos, arqueólogos e antropólogos vinculados à UEA, à Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e ao Serviço Geológico do Brasil (CPRM)
Apoio
Iniciada em 2020 e finalizado em 2022, a pesquisa recebeu investimento da Fapeam, via edital Nº 003/2020 do Programa de Apoio à Interiorização em Pesquisa e Inovação Tecnológica no Amazonas (Painter).
O programa visa fomentar a interiorização, por meio de projetos de pesquisa que visem o fortalecimento e a consolidação da infraestrutura de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), com vistas à criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento científico e tecnológico, com qualidade reconhecida em instituições de ensino superior e/ou pesquisa ou centros de pesquisa sediados no interior do Estado do Amazonas.
FOTOS: Acervo da coordenadora da pesquisa, Solange Pereira do Nascimento
Texto: Assessoria de Comunicação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam)