Omap/AM da UEA divulga boletim macroeconômico do mês de maio

O 4º boletim macroeconômico com as informações dos setores da economia está disponível no documento em anexo

O Observatório Macroeconômico e Avaliação de Políticas Públicas do Amazonas (Omap/AM), do curso de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que consiste em investigar dados mensais, trimestrais e anuais da economia amazonense, divulgou o boletim macroeconômico do mês de maio.

O boletim pode ser visualizado no documento em anexo. Ele foi organizado pelo professor mestre Felippe Barros, da UEA. De acordo com o relatório, o Amazonas apresenta três altas consecutivas diante da estagnação da atividade econômica geral em janeiro, devido ao aumento da produção da Zona Franca de Manaus (ZFM) para atendimento da demanda nacional e internacional. Em janeiro, os efeitos negativos da renda nacional, da alta dos juros e da inflação pressionaram a geração da riqueza do estado, o que provocou a estagnação da atividade geral.

Análises econômicas

Em relação à atividade industrial, na virada do ano o ritmo de produção da Indústria da Transformação apresentou queda de -2,19%, -14,26% e -15,61%, respectivamente para o país, o Amazonas e o Pará. No mês de fevereiro, houve recuperação de atividade do setor para as três regiões analisadas. Contudo, apenas o estado paraense apresentou alta suficiente para superar o ritmo de dezembro de 2021.

Segundo o relatório, o setor de serviços, que corresponde a 70% da geração de riqueza do país, 22% para o Amazonas e 60,4% para o estado do Pará, apontou crescimento para ambos os estados. Na variação mensal, a média da atividade brasileira, representado pelo país apontou recuo de 0,22%, o Amazonas, alta de 2,41% e o Pará crescimento de 0,94%.

A atividade de comércio ampliado, que adiciona o varejo de manutenção e peças de automóveis e motocicletas, apontou crescimento para as três regiões analisadas. No Brasil, a alta no volume de vendas foi de 2,04%; no Amazonas, 1,67%; e na região do Pará, 3,01%. Apenas o Brasil, na série histórica analisada está 1,65% abaixo do nível de vendas de 2014. O Amazonas e o Pará estão, respectivamente, 12,19% e 17,78% acima do volume de vendas do número-índice da série.

A melhora dos dados na atividade econômica da indústria, comércio e do setor de serviços, apresentado pelas três regiões, impactou, positivamente, no desempenho do mercado de trabalho. A recuperação das vagas de trabalho do Amazonas foi bastante acentuada, permitindo uma convergência rápida à média nacional, ainda que não tenha conseguido.

Por fim, o relatório apresenta a arrecadação de ICMS, que é a principal fonte de arrecadação dos estados. No Amazonas, isso não é diferente. Nos primeiros três meses de 2022, representou cerca de 90% de toda a receita orçamentária da região. O IPI é um imposto federal e tem uma forma de repasse indireto, pois tudo que é produzido por meio da ZFM ou do PIM é arrecadado primeiro pelo Governo Federal e depois é repassado ao estado do Amazonas. Assim, cabe ao estado tributar e arrecadar toda a circulação de mercadorias dos três segmentos da economia amazonense.

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