A Associação Brasileira Rede Unida realizou, de 24 a 26 de abril, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o ‘Seminário de Atenção Básica em Saúde – Inovações da Atenção Básica na Amazônia’, para discutir a atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Norte do País. O encontro foi pautado pela saúde indígena, saúde do imigrante, a educação em saúde e vários outros temas que interessam a construção do SUS na Região.
Segundo a professora da UEA e doutora em Saúde Coletiva, Sônia Lemos, a UEA é uma grande parceira da Rede Unida e tem participado ativamente de todos os eventos que são desenvolvidos em Manaus, com a presença de professores e alunos dos cursos de medicina, enfermagem e odontologia. “Discutir atenção básica é fundamental por que nela está 80% da resolução dos nossos problemas de saúde, além do que essas inovações tecnológicas na perspectiva de fazer com que a atenção básica seja de fato cuidada. É uma discussão que precisa acontecer todos os anos”, salientou Lemos.
Para o pesquisador do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia) e coordenador operacional da Rede Unida, Júlio César Schweickardt os desafios do atendimento básico no Amazonas maiores que a extensão territorial do Estado. Ele destaca que é preciso ter um serviço que produza acesso à população amazônica. “Uma nas inovações que discutimos nesse seminário é pensar em estratégias para a saúde do ribeirinho. O Estado precisa ajudar os municípios do interior no financiamento da atenção básica para diminuir ou prevenir doenças graves que venham demandar internações”, explicou.
De acordo com o coordenador da saúde para populações especiais da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa), Wanja Leal, destacou a urgente necessidade de fortalecimento do atendimento primário na Região. “Hanseníase, tuberculose e doenças mentais são as enfermidades mais comuns nessas pessoas”.
Realizado em parceria com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), por meio da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA), o seminário conta com o apoio da Ufam, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Secretaria de Estado de Saúde (Susam), entre outras instituições.
Texto: Mirineia Nascimento/ASCOM UEA