Os olhos dos amantes dos astros estão voltados para os céus amazônicos da última quarta-feira (13) até a próxima sexta-feira, dia 15, quando Manaus sedia pela primeira vez o Encontro Regional de Ensino e Astronomia (EREA), em sua 76ª edição. O evento científico é o maior para o ensino de astronomia da América Latina e começou nesta manhã no auditório da Escola Normal Superior da Universidade do Estado do Amazonas (ENS/UEA), na avenida Djalma Batista, Chapada, Zona Centro-Sul. A organização é do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Astronomia (Nepa), com apoio da ENS/UEA e secretarias de Estado (Seduc) e Município (Semsa) da Educação.
“O Encontro Regional de ensino e Astronomia não é um evento de divulgação científica, mas, sim, um curso de capacitação voltado unicamente para professores da Seduc e Semed. É o maior evento científico voltado para o ensino de astronomia que temos na América Latina. É a primeira vez que esse evento vem para Manaus. Vamos ter materiais como planetários, caleidoscópios e oficinas de astronomia e astronáutica”, destaca o astrônomo, físico e doutor em astrofísica, português Nelio Martins da Silva Azevedo Sasaki, coordenador do Nepa, diretor do Planetário Digital Nepa Parintins e Manaus e professor adjunto da UEA – ele também é o coordenador do evento.
O professor João Canalle, representante da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), também é um dos coordenadores/realizadores do 76º Erea. Para o especialista, eventos como o EREA dão sua contribuição à Ciência por serem importantes para a capacitação dos professores de formações diversas que ensinam Ciências. “Infelizmente muitos professores, ou quase todos eles, nunca tiveram uma disciplina optativa ou eletiva de Astronomia quando fizeram sua graduação. Eles são colocados na situação de terem que ensinar Astronomia, seja no ensino fundamental ou médio”, ressalta Canalle.
Opinião
Oriundo da rede estadual de ensino de Manacapuru, município a 86 quilômetros de Manaus, o professor de Ciências Samuel Feitosa do Carmo, 25, falou que o evento é de fundamental importância para o desenvolvimento do ensino.
“E esse evento é muito importante pela questão do incentivo à divulgação da Astronomia. Muitas vezes não conseguimos trabalhar esses assuntos por falta de materiais. A partir daqui posso ter novas ideias para trabalhar novas metodologias. E achei interessante, também, sobre a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). Tudo isso motiva o professor a dar o melhor para o seu aluno”, disse ele, que ministra para alunos de 8° a 9° anos do ensino fundamental e para estudantes do 1° do ensino médio.
Fonte: Portal A Crítica