Susam e UEA planejam projeto para reduzir complicações vasculares e do pé diabético

Reitor Cleinaldo afirma que o projeto visa o atendimento nas redes públicas de saúde.

A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) vão firmar parceria com a finalidade de fortalecer a assistência e criar, na rede pública de saúde, uma linha de cuidados para as pessoas em condição de risco para doenças cardiovasculares, em especial o pé diabético. O projeto está sendo planejado para iniciar no mês de julho e visa integrar o atendimento a pacientes desde a atenção básica à media e alta complexidades.

“É uma linha de cuidado que, inicialmente, visa evitar o adoecimento, com a prevenção na atenção primária, mas, ao mesmo tempo, identificar pacientes com potencial de risco para as doenças vasculares e pé diabético. Vamos tratar este problema de forma adequada na rede, implantando a referência e contra referência, treinando equipes e integrado os três níveis de atenção de forma organizada”, explica o secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias.

Nesta sexta-feira (5/4), Tobias e o reitor da UEA, Cleinado Costa, reuniram-se com a equipe responsável pelo planejamento do programa. Também estavam presentes os professores Guilherme Pitta, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e professor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), e Jackson Caiafa, do Hospital dos Servidores do Rio de Janeiro. Referências na área, eles desenvolveram a “Classificação de Pitta e Caiafa” para referenciamento do paciente com pé diabético na rede de atenção à saúde e realizam treinamento no método pelo Brasil.

“É um treinamento que está sendo aplicado no Brasil todo e chega aqui por meio da UEA, onde estamos na terceira versão e a proposta é, agora, somar esforços com a Susam para que possamos levar para toda a atenção primária na capital e interior”, explica o reitor.

Cleinaldo ressalta que o pé diabético é um grave problema de saúde pública no Amazonas há mais de 20 anos, e precisa ser tratado numa lógica mais ampla de cuidados, não apenas nos prontos-socorros. O reitor da UEA cita estudos que mostram que 57% dos pacientes diabéticos com lesão infectada nos pés que chegam aos prontos-socorros poderão evoluir para a amputação.

“A gente quer reduzir esses números e evitar que isso aconteça, e o modo de fazer isso é integrar atenção básica com a assistência e a universidade. Integrar com o controle social também, dialogando com a população e fazendo crescer esse movimento para evitar adoecimento por diabetes mellitus tipo 2 e tipo 1, que são agravos muito comuns. São cerca de 30 milhões de diabéticos no Brasil, e a gente quer evitar mortes e amputações”, disse Cleinaldo Costa, ao ressaltar que o projeto também envolverá a telemedicina que já tem a UEA como referência no Brasil.

Texto: Secretaria de Comunicação Social (Secom/AM)

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