Parceria entre UEA e Universidade Chinesa foca na fabricação de Ecopainéis

Estudo baseado nos princípios da Economia Circular oferece soluções sustentáveis em diferentes segmentos da construção civil, arquitetura, movelarias e design.

A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE/AM) fecharam um termo de cooperação de pesquisa com a Universidade Tsinghua da China, para fomentar o projeto da produção de Ecopaineis das fibras do fruto do açaí e contribuir com pesquisas e inovação nas áreas das engenharias.

Antônio Mesquita realizou uma palestra no ‘Global Sources Hall’, na Escola de Jornalismo e Comunicação da Universidade de Tsinghua, nesta terça-feira (16). A iniciativa conduzida pelo professor Doutor Titular da Escola Superior de Tecnologia (EST), e responsável pela linha de pesquisa que reutiliza fibras da Amazônia, em especial a fibra do caroço do açaí para produção de móveis, divisórias, acústicas e design sobre o Ecopainel como uma alternativa econômica, sustentável e como serviço ambiental para a Amazônia.

Mesquita explica que durante o desenvolvimento do projeto chegou a remover cerca de 16 mil toneladas de matéria prima que seriam jogados no lixo, nas ruas e igarapés urbanos. A iniciativa autossustentável é uma alternativa verde e ecologicamente correta, e deverá trazer benefícios socioambientais para a Amazônia. “Retiramos as fibras do caroço do açaí que eram despejadas em frente a empresas de suco na região metropolitana de Belém, para de forma sustentável substituir o uso de MDF que são produzidos a partir de resíduos de madeira, cuja matéria prima sai de centenas de hectares de plantação de eucalipto e pinus”, explicou.

Inovação tecnológica amazônica

O mercado do segmento de painéis de madeira no mundo posiciona o Brasil e a China como principais produtores mundiais. A produção brasileira é responsável por 3.5% da fabricação mundial de painéis de fibras de madeira. A produção fomenta a Economia Circular, que incentiva o cooperativismo e associativismo, possibilitando a ampliação e geração de emprego e renda na região, bem como a expansão e fortalecimento da matriz econômica do açaí dentro da dinâmica amazônica. “Essa produção de Ecopainel da fibra do açaí na Amazônia irá reduzir a emissão de CO2 na atmosfera e diminuir outros grandes impactos ambientais, como a redução da pressão sobre as florestas nativas e plantadas”, finaliza o pesquisador.

Texto: Carol Givoni/ASCOM UEA

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