Em 2018, a Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) realizou sua primeira Chamada de Negócios, recebendo 81 inscrições. Destas, 15 foram selecionadas para participar do Programa de Incubação e Aceleração da PPA durante o ano de 2019, e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) está entre as startups, por meio do projeto do professor doutor Antônio Mesquita, que descobriu na fibra do caroço do açaí o potencial para produção de móveis sustentáveis, divisórias e placas acústicas.
A PPA nasceu com o objetivo de liderar a construção de soluções inovadoras para o desenvolvimento sustentável na Amazônia junto a empresas e o setor privado, priorizando investimentos em negócios de impacto socioambiental. Na prática, a PPA atua na incubação e aceleração de empreendedores, na realização de estudos estratégicos para ampliação de investimentos e por meio da parceria entre empresas, comunidades e governos.
O Programa é coordenado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (IDESAM), com apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT) e outras entidades e empresas que atuam no Norte do país.
Conheça as 15 startups
Ecopainéis – O resíduo da fibra do fruto do açaí é hoje totalmente desperdiçado na região Amazônica. Só em Belém, no Pará, diariamente são produzidas 16 mil toneladas desse resíduo. Por isso a Ecopainéis resolveu fazer paineis sustentáveis a partir da fibra do açaí,perfeito para o mercado de móveis, escritórios de arquitetura, engenharia civil e até consumidores finais.
Manioca – A Manioca busca conectar pessoas à Amazônia por meio de alimentos criativos e naturais.Criada em 2014 por Joanna Martins, a Manioca já coleciona produtos como as geleias de pimenta de cheiro, de priprioca e de taperebá; o doce de cupuaçu; o molho de tucupi preto e o tucupi temperado; o licor de flor de jambu e o feijão manteiguinha, dentre outros itens da cadeia produtiva paraense.
@manioca
100% AMAZÔNIA – A 100% Amazônia é uma exportadora de produtos florestais não madeireiros e de base renovável. Há dez anos na ativa, hoje a empresa exporta para 55 países. De açaí, polpas congeladas, óleos e manteigas cosméticas, os produtos da 100% Amazônia são fornecidos por comunidades tradicionais e indígenas, sempre respeitando a cultura local, a sazonalidade e gerando renda para essas populações.
@100amazonia
Awí Superfoods – A empresa paraense investe em superalimentos vindos direto da floresta amazônica. O sorbet mix de açaí é produto chefe da marca, que trabalha em parceria com cooperativas locais, sempre com inovações sustentáveis.
@awisuperfoods
Broto – Promover o aumento da produção sustentável de hortaliças e reduzir impactos ambientais por meio de automação hidropônica é a proposta da Broto Tecnologia Agrícola. Com um sistema integrado de sensores, Big Data e Mobile,a ideia é reduzir a necessidade de aplicação de insumos químicos e agrotóxicos para agricultura hidropônica.
Chocolates de Mendes – Um chocolate com terroir amazônico, elaborado a partir do cacau nativo da região. É essa delícia que César de Mendes produz na fábrica localizada na comunidade Colônia Chicano, em Santa Bárbara, na região metropolitana de Belém (PA). Tudo isso em parceria com comunidades tradicionais, que recebem treinamento para a produção de cacau fino. Para os interessados, o chocolate já está disponível em dois pontos de venda um em Belém, no Polo Joalheiro, e outro em São Paulo, no Mercado de Pinheiros, numa parceria com o Instituto ATA e o Instituto Socioambiental (ISA).
@chocolatesdemendes
Coopmel – O manejo e a conservação de espécies de abelhas nativas da Amazônia resultam em um mel de alta qualidade e ajudam a manter a floresta em pé. É sob essa premissa que trabalham os 62 integrantes da Cooperativa dos Criadores de Abelhas Indígenas da Amazônia (Coopmel), localizada em Boa Vista do Ramos (AM).
@coopmelbvram
Da Tribu – Moda que gera impactos socioambientais positivos. Essa é proposta de trabalho da Da Tribu, uma marca de acessórios de moda produzidos com a matéria prima extraida por famílias ribeirinhas no Pará com tecnologia que remete aos antigos conhecimentos indígenas.
@datribu
Encauchados – Promover a revitalização da borracha na Amazônia, gerando renda com inclusão, evitando o desmatamento e resgatando a identidade seringueira é o que move o trabalho do Encauchados de Vegetais da Amazônia. São produzidos chinelos orgânicos de borracha nativa e utensílios, biojoias, acessórios e embalagens. Tudo isso envolve povos indígenas, seringueiros, ribeirinhos, quilombolas e assentados da reforma agrária.
@encauchadosoficial
Manaós Tech – Construir robôs, conhecer o universo da mecânica da programação e dos games, aprender a editar vídeos para o youtube são algumas das atividades proporcionadas pela Manaós Tech, que prepara crianças e jovens entre seis e 16 anos para o protagonismo da chamada Quarta Revolução Industrial.
@manaostech
Onisafra – É uma plataforma para conectar produtores de hortaliças de Manaus diretamente ao consumidor final, sem atravessadores. As compras podem ser pagas por cartão de crédito, no próprio site da empresa. O pagamento antecipado serve para garantir que apenas a quantidade certa de alimentos seja colhida/produzida.
Peabiru – O negócio do Peabiru Produtos da Floresta busca trazer renda para populações rurais, especialmente para mulheres e jovens, associada a uma maior polinização para agroflorestal e restauração ecológica, diminuindo o desmatamento. Além do mel a empresa quer comercializar outros quatro tipos de produtos amazônicos: cacau, óleos, farinhas e feijão.
@peabiruprodutosdafloresta
Ração+ – Ração para peixes a partir de matérias primas locais, reaproveitando parte de resíduos orgânicos gerados por outras cadeias produtivas. Esse é o objetivo da Ração +, empresa localizada na cidade Presidente Figueiredo, no Amazonas.
Sustente Ecosoluções – A Amazônia tem uma vocação natural para a piscicultura. No entanto, essa cadeia produtiva é altamente dependente da proteína que compõe as rações, proveniente de soja, milho ou sorgo, farinha de osso, carne ou peixe. A proposta da Sustente é trazer uma nova fonte de proteína e ao mesmo tempo ajudar a resolver o problema da geração de resíduos sólidos orgânicos.
Tipiti – A Tipiti quer proporcionar uma ponte entre pequenos produtores do Pará e os consumidores, paraenses ou não, sempre valorizando a produção das famílias ribeirinhas e praticando o comércio justo. Além de produtos alimentícios como pimentas, geleias, farinhas, café de açaí e cachaças, a Tipiti também trabalha com artesanato, tudo isso envolvendo cinco famílias distribuídas em quatro comunidades paraenses em Santarém, Atodi, Alter do Chão e Belterra.
Texto: Mirineia Nascimento/ASCOM UEA, com informações do site www.uniamazonia.co
Foto: Divulgação