OUVIDORIA
A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) manifesta profundo pesar pelo falecimento da filósofa húngara Agnes Heller, aos 90 anos, no último dia 20. A pensadora sobreviveu ao Holocausto em Budapeste e escreveu importantes obras no século XX como “Uma Teoria da Modernidade”, “O Cotidiano e a História”, entre outros.
Heller começou a estudar Física e Química na Universidade de Budapeste em 1947, mas logo mudou à Filosofia e às Ciências Sociais quando escutou a conferência do Filósofo György Lukacs, sobre filosofia e cultura. Em 1963 integrou a Escola de Budapeste. Testemunhou a repressão que seguiu à Primavera de Praga em 1968. Em 1986, emigrou para os Estados Unidos onde deu aulas em Nova Iorque na “New School for Social Researchs” por 25 anos.
Em 2016, Agnes Heller, através do Doutorado Interinstitucional em Saúde Coletiva (Dinter) da UEA e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), participou do ciclo de palestras “Cuidado, Ética e Direitos Humanos”, ocorrido em Manaus entre 12 e 13 de maio daquele ano, organizado pelos professores Bethania Assy (UERJ e PUC-Rio), Denison Aguiar (UEA) e Silvia Loureiro (UEA).
O Reitor da UEA, Cleinaldo Costa, declarou que Heller sobreviveu à maior violência deste século e ensinou entendimento, respeito e amor à humanidade. “Foi uma honra tê-la conhecido e experimentado sua alegria e devoção à vida e ao ensino”, disse.
Já a professora do curso de Direito da UEA, Silvia Loureiro, destacou que a vinda de Agnes para Manaus foi um marco. “Presenciar a, talvez, maior filósofa do século XX foi um momento importante. Fazer esse diálogo direto no ciclo de palestras que ela deu foi muito emocionante. Ela representava a oportunidade de conversar com uma formadora com significativa corrente filosófica”, concluiu.
Texto: Iris Brasil/ASCOM UEA
Foto: Arquivo Pessoal
