Médicos da 1ª turma do curso ‘Saúde da Família e Comunidade’ iniciam defesa de tese

Devido a pandemia, médicos que estão alocados em mais de 20 municípios do Amazonas, apresentaram os trabalhos pela Internet.

Transformando os desafios impostos pela pandemia em mecanismos para melhorar cada vez mais o sistema de saúde no Amazonas, a coordenação da primeira turma do curso de Especialização em ‘Saúde da Família e Comunidade’ da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNASUS) readequou o método tradicional de apresentação do trabalho final de graduação para que os médicos defendessem suas teses de forma segura em momento de distanciamento social e, assim, aplicarem no menor tempo possível, as propostas expostas.

Ao todo, 74 alunos do curso que também faz parte do programa ‘Mais médico’ do Ministério da Saúde (MS), apresentaram suas pesquisas de forma presencial e virtual. Assim como meta do programa, o objetivo da especialização ofertado pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) é suprir as necessidades na atenção primaria tanto da capital como no interior do Amazonas.

De acordo com a coordenadora geral do curso, professora Dra. Jacqueline de Almeida Gonçalves Sachett, o papel da universidade é acolher o médico para que ele possa ingressar junto ao programa do Ministério da Saúde. Jacqueline revelou ainda que a primeira turma da especialização foi formada por médicos que estão alocados em mais de 20 municípios do Amazonas, e que por isso, uma estrutura foi pensada para que todos pudessem ter a oportunidade de apresentarem suas teses sem a necessidade de deslocamento até a capital.

“Como sabemos dessa dificuldade de deslocamento, essas apresentações estão acontecendo tanto via web como de forma presencial. Tudo isso para diminuir custos, diminuir a falta do médico no serviço e para garantir a preservação da vida neste momento. Estamos usando os pontos do Telessaúde e os da UEA para fazer essa interação. Essa logística de apresentação já tinha sido pensada antes da pandemia, justamente para facilitar o término das atividades. Com a pandemia se reforçou essa vantagem tecnológica de não precisar de deslocamento e respeitar o distanciamento. Sem imaginar que viveríamos esse ‘novo normal’, nós já estávamos nadando a favor da maré”, destacou a coordenadora.

Defesa

Baseado em estudos feitos dentro de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Manaus, o médico José Rodrigues Rocha Neto, defendeu sua tese apresentando intervenções e métodos educacionais para atuação em crises hipertensivas.

“A hipertensão é a doença mais vista nas UBS. O meu foco foi as crises hipertensivas e o manejos dessas crises dentro das unidades de saúde. Como saber diferenciá-las para um tratamento correto. Pensei em minimizar o tempo de atendimento e diagnóstico para evitar posições de agravos e proporcionar uma melhor condição ao paciente. Com essa rápida diferenciação e manejo das crises, o médico consegue reduzir as complicações no quadro. Isso traz benefícios ao atendimento da UBS”, relatou.

Sobre o novo sistema de defesa do trabalho final, o aluno do curso de especialização disse que esta foi a melhor maneira de mostrar que a área da saúde valoriza a vida acima de qualquer situação. José enfatizou a importância de a população priorizar neste momento as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a continuidade das atividades.

“A organização do curso foi excelente, respeitando todas as orientações de distanciamento e higiene. Isso tornou segura e continua as nossas atividades finais do curso. Uma pandemia na reta final do curso foi um dos maiores desafios, pois o projeto de intervenção envolveu todos os profissionais da UBS. Tivemos que obedecer às novas normas de distanciamento social e evitar o aglomerado, isso interferiu muito no andamento das pesquisas, mas conseguimos superar esse desafio. Foram situações que não estavam no cronograma”, comentou o médico.

Texto: ASCOM UEA

Foto: Joelma Sanmelo/ASCOM UEA

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