As professoras da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Joelma Monteiro de Carvalho e Danielle Mariam Araújo dos Santos, juntamente com o acadêmico Rucian da Silva Vilacio, aprovaram três trabalhos a serem apresentados na 14ª edição do Fórum Internacional de Turismo do Iguassu. O evento será entre os dias 9 e 11 de setembro e é considerado o principal evento técnico-científico do turismo da América do Sul.
Foram submetidos ao evento, um Artigo e dois Relatos de Experiência. O artigo de autoria da professora Danielle Mariam e Joelma Carvalho, intitulado ‘A Formação do Território Turístico e as Expressões Culturais em Aldeias Indígenas da Região Metropolitana de Manaus’ vai abordar o processo de turistificação ao longo da história de duas aldeias indígenas até os dias atuais, trazendo descrição de diversos pontos, processos, lideranças e objetivos que já tiveram, apresentando em perspectiva científica as ações realizadas pelas comunidades. “A Amazônia ainda é vista como um tesouro natural, mas queremos trazer a perspectiva de tesouro cultural e a formação da imagem do turismo étnico-indígena que seja forte o suficiente para mostrar como o potencial que contempla”, completou a professora Danielle que irá apresentar o artigo.
O Relato de Experiência ‘Prospecção da Cultura do Povo Sámi por Meio do Turismo: uma experiência na cidade de Tromso, Noruega’, da professora Joelma que já segue uma linha de pesquisa de expressões culturais, traz a análise dos signos (na visão semiótica de Pierce) como elementos simbólicos do povo Sámi que tem potencial para o turismo étnico indígena, verificando os atrativos da região como a aurora boreal, histórias de ancestralidade e outros, pautados na natureza numa relação dialógica, entre a tradição cultural, a ciência e a sustentabilidade como descreve a professora. Esses atrativos são usados de forma responsável pautado na sustentabilidade.
As professoras integram o programa de Doutorado Interinstitucional (Dinter) entre a UEA e a Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) e destacam a oportunidade que o programa oferece para participar do Fórum com a apresentação dos trabalhos de temáticas científicas em um ambiente internacional e de empreendedorismo, onde ocorre interação e geração de negócios entre os diversos profissionais de turismo.
“O evento investe em inovações tecnológicas, ações de responsabilidade socioambiental e de estímulo à produção e disseminação da ciência, impactando positivamente toda a cadeia produtiva do turismo. Assim, o Amazonas se encaixa nessa visão empreendedora, já no tempo presente, pois apresenta grande potencial para o turismo, de forma responsável, agregando valores culturais e pela riqueza diversificada da fauna e flora”, completou Joelma.
Já o acadêmico de Engenharia de Produção, Rucian Vilacio vai apresentar o trabalho chamado ‘Saberes e Enfrentamento em Tempo da Covid-19: Relato de Experiência Extensionista na Associação de Mulheres Indígenas – AMISM’ de autoria dele com as professoras da Escola Superior de Tecnologia (EST), Rejane Gomes e Joelma Carvalho. O Relato conta os acontecimentos da Associação e como as mulheres precisaram se reinventar para ter uma renda durante a pandemia com a produção de máscaras com grafismos. Após observações do estudante, eles puderam implementar um sistema de organização para melhoramento da produção em médio e longo prazo.
“Apesar de todos os pesares, queria destacar a força das mulheres e estudantes indígenas que souberam se centrar e correr atrás de um proposito maior e de manter a cultura em meio a pandemia, junto com a questão do empreendedorismo. É nesse ponto de vista que o trabalho vai apresentar a inovação e oportunidade”, finalizou Vilacio.
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