Criado em função da pandemia do Coronavírus que conduziu toda a população brasileira ao estado de isolamento social, a segunda edição do “Trombones na Quarentena” iniciou e conta com a participação de mais de 70 trombonistas de várias universidades brasileiras, entre elas, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Esta é a segunda edição do curso que integra quatro módulos.
Quando foi lançado, no dia 23 de abril, os encontros ocorriam virtualmente às terças, quintas e sábados, das 10h às 12h. Porém, pós uma atividade jazzística no dia 07 de maio, os envolvidos decidiram que, devido à demanda, os encontros deveriam acontecer das 10h às 13h. Com o avanço do ano e o início das aulas remotas e presenciais nas instituições parceiras, a coordenação decidiu reduzir as atividades de três para duas aulas semanais, mantendo os horários.
Durante o curso são realizados aquecimentos, rotinas e performances de alunos e profissionais variando entre trechos orquestrais, concertos, choro, jazz, frevo, e dobrados. Também são ofertadas palestras sobre a carreira de profissionais do Brasil, tecnologia aplicada à música/trombone, história do instrumento, vida do trombonista militar e professores internacionais.
O coordenador do projeto, professor Alexandre Ferreira, explica que a primeira prioridade do curso era tirar o máximo de Trombonistas do Brasil inteiro da ociosidade durante o inicio da pandemia e depois do Lockdown. A segunda preocupação foi prover conteúdo e referência técnica, profissional e ética. “O curso trouxe o foco para aqueles que estavam perdidos, devido o momento. Depois, trouxe crescimento técnico e o acesso a conhecimentos e oportunidades, visto que muitos alunos nunca haviam tido aulas com tantos professores tão qualificados”, comentou ao salientar o valor do curso para a formação da comunidade.
Ao destacar sobre as dificuldades de estudar durante a pandemia, a aluna do terceiro período do curso de Música da UEA, Dalmira Silva Reis reforça sobre a falta das aulas práticas em conjunto. “As aulas práticas são essenciais para o Trombones, pois trabalhamos em nipes. E, diante desse cenário de pandemia, me vi necessitada dessa prática”.
A aluna também comenta como o contato com professores e músicos qualificados contribuiu com o próprio desempenho profissional. “Com eles aprendi diversas formas de aquecimento e tive acesso a ótimos métodos disponibilizados pelo curso, que foi ótimo, pois expandiu minha forma de pensar sobre rotina de estudos e organização. O curso de certa forma me deu uma direção para seguir em diante num momento delicado que nós estudantes de música enfrentamos”, concluiu Dalmira.
Sobre o curso
Realizado por meio do Sistema Integrado de Atividades Acadêmicas da Universidade Federal da Paraíba (SIGAA/UFPB), o ambiente do curso é democrático e sempre abre espaço para profissionais e alunos realizarem atividades, de forma que os participantes sempre são convidados para liderarem o aquecimento coletivo. Na oferta, foram realizadas pesquisas via Google Forms cujos resultados servirão tanto para futuras versões do curso, quanto para fomentar cursos EAD em regiões desassistidas de ensino superior em trombone como prática instrumental durante todo o curso.
Para mais informações, acesse o site da UFPB, disponível abaixo.