Conheça algumas das mulheres que produzem ciência na UEA

Elas fazem parte de um universo de professoras e pesquisadoras da instituição.

O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência é comemorado nesta quinta-feira (11/02), pela UNESCO e pelas Nações Unidas. A data é uma promoção da igualdade de direitos entre homens e mulheres em todos os níveis da educação, principalmente nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (Science, Technology, Engineering and Mathematics – STEM). Nos últimos oito anos, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) atingiu a marca de 1.138 mulheres (discentes e docentes) que inspiram, representam e desenvolvem pesquisas científicas em diversos campos com excelência e qualidade. A Assessoria de Comunicação da UEA conversou com algumas professoras da instituição que revelam a importância da representatividade feminina na ciência e, em especial, na Região Norte.

Para a Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESP/UEA), Maria Paula Gomes Mourão, a ciência é um lugar para todos, inclusive para as mulheres. “Não cabe mais mais definir os limites, nosso padrão deve ser apenas a BOA ciência e que ela seja realizada pelos que tiverem competência e dedicação”, destacou.

A coordenadora coordenadora de pós-graduação stricto sensu da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESP/UEA), Patrícia Albuquerque, evidencia o valor que esses números de pesquisadoras têm para o país, pois demonstra a capacidade presente no desenvolvimento da ciência. “O envolvimento cada vez maior de mulheres em grupos de pesquisa e em programas de pós-graduação representa uma vitória na busca por igualdade entre os gêneros. Na UEA temos diversos exemplos de mulheres que se destacam em suas áreas de pesquisa, desenvolvendo ciência e formando alunos de pós-graduação com extrema competência”, destacou.

A docente da Escola Superior de Tecnologia (EST/UEA), Elloá Barreto, é um desses grandes exemplos. Elloá declara a relevância que sente em inspirar outras mulheres para a pesquisa no Estado do Amazonas, em especial para a sua área, que ainda é muito masculinizada. “É importante inspirar outras mulheres nessa carreira. Precisamos aumentar o número de mulheres nas áreas STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics) que, segundo a UNESCO, é de atualmente 35% em nível mundial”, explicou.

Elloá salienta ainda que cada mulher é essencial para a construção de um novo futuro ligado a pesquisas inéditas e representatividade. “Contar com mais mulheres na pesquisa irá ampliar os horizontes dos problemas a serem explorados, propiciará o desenvolvimento de novas técnicas e tecnologias, além de favorecer maior diversidade no ambiente de pesquisa. Essas mudanças posteriormente também refletirão na melhoria da sociedade, tornando-a mais justa”, afirmou.

Incentivar e gerar oportunidades para multiplicar meninas e mulheres na ciência

Para Luciane Páscoa, professora da Escola Superior de Artes e Turismo (ESAT/UEA), observar o crescimento no número de mulheres que ingressaram ao Programa de Pós-Graduação em Letras e Artes traz uma sensação imensa de felicidade. “Tenho apreciado contentemente este crescimento na minha área, assim como também no número de mulheres que obtiveram a titulação do mestrado e que foram aprovadas no doutorado. É um resultado significante”, disse, orgulhosa. Luciane aponta que é necessário manter sempre a autoconfiança e escolher um tema com afinidade. “A carreira acadêmica é árdua, mas, sobretudo, gratificante”, salientou.

Na visão da farmacêutica-bioquímica e Professora da disciplina agentes infecto-parasitários da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA/UEA), Gisely Cardoso de Melo, a instituição pública incentiva a maneira de desenvolver pesquisa de qualidade e com alicerces, podendo contribuir para a comunidade. “Hoje eu desenvolvo pesquisas na área de Malária e COVID-19. Cursei Farmácia na Universidade Estadual de Maringá, no Paraná. Sempre ficava encantada com o setor da pesquisa e lá os alunos eram estimulados a participar de projetos. Posteriormente, me mudei para Manaus, onde fiz mestrado e doutorado. Mas, desde a graduação era apaixonada pela pesquisa”, disse.

“Ser mulher pesquisadora no Norte é desafiador. Na nossa região, ainda temos escassez de mestres e doutores. Ao mesmo tempo, é bom estar aqui podendo trabalhar e fazer o que eu gosto”, complementou a professora que também faz parte do programa de pós-graduação em Medicina Tropical e de Pós-Graduação em Hematologia e Hemoterapia, Gisely Cardoso de Melo.

Texto: Thalita Bandeira e Jacqueline Nascimento – ASCOM/UEA.

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