A professora Carmen Lourdes Jacaúna, do curso de Geografia do Centro de Estudos Superiores de Parintins da Universidade do Estado do Amazonas (CESP/UEA), é uma das docentes que concorre ao Prêmio CAPES de Tese 2021, concedido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A tese “Interface entre saberes da tradição e saberes docentes: suas implicações no ensino de Geociências em escolas ribeirinhas no Amazonas” integra o Programa de Pós-Graduação em Ensino e Histórias de Ciências da Terra (PPG- EHCT), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O trabalho busca compreender como os saberes tradicionais amazônicos permeiam os saberes docentes e as práticas educativas de professores que atuam no ensino de geociências nas escolas ribeirinhas de Parintins. A tese procura também refletir sobre uma formação de professores que priorize os saberes locais, aliados aos saberes científicos, dotando os estudantes de meios para intervir positivamente em seu lugar de vivência.
“A pesquisa está intimamente ligada ao meu trabalho. Sou professora de metodologia do ensino de geografia e estágio supervisionado. Tenho uma grande preocupação com a formação dos professores, principalmente aqueles que terão o primeiro emprego nas escolas da zona rural. Aliado a isso, sou amazonense e prezo pela manutenção dos saberes tradicionais locais. Compreendo que é papel das escolas promoverem um ensino que valorize esses saberes e, para isso, os professores precisam ser orientados nos cursos de graduação”, explica a professora Carmem Jacaúna.
Como premiação, os autores das teses selecionadas receberão bolsa de até um ano para estágio pós-doutoral em instituição nacional, certificado e medalha. O orientador ganhará um prêmio para participação em evento acadêmico-científico nacional, no valor de até R$3 mil, além de certificado que também será oferecido aos coorientadores e ao programa no qual foi defendida.
Sobre o prêmio
O Prêmio CAPES de Tese reconhece os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos em programas de pós-graduação brasileiros de acordo com os seguintes critérios: originalidade do trabalho, relevância para o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, social e de inovação e o valor agregado pelo sistema educacional ao candidato.
Criado em 2005 e entregue pela primeira vez em 2006, ele abrange todas as áreas de conhecimento que têm um representante na avaliação da pós-graduação stricto sensu. Um dos objetivos da iniciativa é aumentar a visibilidade das ações positivas e indutoras da CAPES na pós-graduação brasileira.
O Prêmio é fruto de parceria entre a CAPES, a Fundação Carlos Chagas, a Comissão Fulbright e o Instituto Serrapilheira. Uma tese é premiada em cada uma das 49 áreas de avaliação reconhecidas pela CAPES.