Com o objetivo de proporcionar aos profissionais de saúde capacitação para atendimento a pacientes vítimas de acidente ofídico, causados por serpentes, o Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical da Universidade do Estado do Amazonas(PPGMT/UEA) realizará o 1º Treinamento de Manejo do Acidente Ofídico. O treinamento é englobado por um projeto do Ministério da Saúde (MS), com a Fundação de Medicina Tropical (FMT), cujo foco é na descentralização do soro antiofídico.
A professora do curso de Enfermagem da UEA, Gisele Rocha, explica que o treinamento também faz parte da execução do projeto para tese de doutorado da professora. O projeto de Gisele baseia-se em fazer uma validação do protocolo de manejo dos acidentes ofídicos e o treinamento da equipe que atende esses pacientes, especialmente no interior do Estado. “O primeiro dia do treinamento foi um sucesso. Pela manhã, estão acontecendo aulas e palestras sobre o manejo do acidente ofídico e pela tarde, fazem estudos de casos e visitas no hospital com alguns pacientes de acidente ofídico”, comentou Gisele.
No evento, que iniciou na segunda-feira (28/06) e segue até sexta-feira (02/07), participam 60 profissionais e estudantes. Nestes, incluem-se médicos, enfermeiros e farmacêuticos que vieram do interior, como Careiro, Boa Vista dos Ramos, Coari, Ipixuna, e alguns alunos da Universidade Federal de Roraima (UFRR).
A pesquisadora ainda ressaltou os medidas preventivas que estão tomadas contra a disseminação da Covid-19. “Cada participante recebeu um refil de álcool gel, todos estão usando máscaras e evitando aglomerações. Quando ocorre as visitas aos pacientes, os integrantes são divididos em grupos pequenos”, garantiu Gisele.
O treinamento foi elaborado porque os profissionais de saúde, sobretudo no interior do Amazonas, ainda têm dificuldade quanto ao atendimento a esses pacientes vítimas de acidente ofídico. O evento também foi pensado para proporcionar um treinamento para que o uso do soro antiofídico seja descentralizado e destinado aos pacientes nos locais mais remotos. A coordenação do evento informa que é a primeira oferta do evento e com expectativas de mais edições.
Texto: Guilherme Oliveira/ASCOM UEA