Docente da UEA participa de programa para discutir a importância dos bumbás para Parintins

O evento acontece nesta quarta-feira (04/03), no Centro Cultural Povos da Amazônia.

Nesta quarta-feira (04/03), o coordenador do Centro de Documentação e Memória dos Bois-Bumbás de Parintins (Cedem) e professor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Diego Omar, participará do ciclo de Formação Kumurõ no Centro Cultural Povos da Amazônia para discutir as experiências e os desafios envolvidos na trajetória do Cedem. Será às 10h.

Em meio à necessidade de se reinventar para manter vivas as tradições e os elos que ligam os bumbás à comunidade, o Boi Caprichoso criou o Cedem. O projeto foi viabilizado com recursos do Prêmio Feliciano Lana do Governo do Estado do Amazonas/Lei Aldir Blanc e, desde o início, de 2021 tem produzido um esforço de memória do Boi de Parintins, com várias ações de salvaguarda.

De acordo com o docente, os bumbás de Parintins, que são reconhecidos oficialmente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio imaterial brasileiro em 2018, tiveram que ficar quase dois anos longe dos brincantes e se preparam, agora, para a retomada do Festival Folclórico. Diego destaca que artistas, brincantes e torcedores apaixonados sofreram com a interrupção do ciclo festivo que formatou a identidade da cidade e que dinamiza a economia de toda uma região.

“Adiantaria muito pouco que os bois-bumbás de Parintins se apresentassem à nação como patrimônio, sem antes fazer sua lição de casa, preservando os aspectos materiais e imateriais da festa. Nossa função é exatamente essa: fazer com que nossos acervos sejam cuidados e que a memória ganhe um suporte mais palpável chegando, assim, até o público e às novas gerações”.

Por fim, o coordenador explica que o Cedem está estruturado em três linhas: na primeira, o foco de manter um espaço para recepção, tratamento e digitalização de acervos, capaz de receber da comunidade documentos de vários suportes que foram preservados em acervos pessoais. A segunda frente de trabalho se estruturou a partir de realização de um programa de história oral, que já entrevistou cerca de 100 pessoas que fizeram/fazem parte da história do Bumbá azul e branco – desde antigos brincantes e guardiães da memória até jovens artistas, músicos e itens que estão em atividade. A terceira é mais voltada ao público e compreende tanto a montagem de um memorial no espaço do Curral Zeca Xibelão, em Parintins, até a publicação de livros que tragam à tona, novamente, a relevância dos Bois para Parintins.

Texto: Gerson Freitas/Ascom UEA

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