Professor do Centro de Parintins da UEA media projeto de artes em escolas do município

Iniciativa buscou sensibilizar jovens estudantes para a importância de mulheres assumirem maior protagonismo nas artes

O projeto “Ei maninha: menina, mulheres e grafites nas escolas de Parintins” contou com a mediação do professor Diego Omar da Silveira, coordenador do curso de História do Centro de Estudos Superiores de Parintins da Universidade do Estado do Amazonas (Cesp/UEA). A iniciativa aconteceu ao longo do mês de outubro, na Escola Estadual Thomaszinho Meireles, e teve como objetivo sensibilizar jovens estudantes para a importância de mulheres assumirem maior protagonismo nas artes, por meio de palestras e oficinas de grafite.

Segundo o coordenador do projeto, Dennis Amoedo, a ideia surgiu após ele ter realizado grafites que compõem a mostra permanente Sons de Parintins, instalada no hall da biblioteca do Cesp/UEA. “Desde então, ficamos com vontade de trabalhar um pouco mais o grafite nas escolas, além daqueles conteúdos que são dados em sala de aula”, conta o artista.

A parceria se consolidou quando Dennis realizou um mural com temática feminina no projeto “Parintins – Galeria Cidade Aberta”, que contou com a curadoria de Diego Omar e Fred Góes. Atualmente, o projeto “Ei Maninha” conta com apoio da Secretaria de Cultura e Criativa do Amazonas, por meio do edital Amazonas Criativo.

O professor Diego Omar afirma que, no momento da criação do projeto, percebeu-se a necessidade de fortalecer a presença feminina nas artes, especialmente em Parintins. “Vimos que era preciso abrir mais espaços para que elas se tornem artistas em Parintins. É impossível que em uma cidade com tantos talentos, as meninas e mulheres apareçam tão pouco. Mudar essa realidade exige de nós ações mais concretas que visem inseri-las no universo das artes, dando visibilidade aos novos talentos”, comentou.

Com base nesse diagnóstico, o projeto foi formatado para oferecer oficinas e, na sequência, conceber e executar um mural na escola, de modo que, tanto pelo tema quanto por sua participação, as jovens se sentissem como parte do processo. Os resultados imediatos podem ser conferidos na entrada da escola, onde o muro ganhou novas cores e formas.

“Outros frutos devem vir com o tempo, já que estratégias como essa são importantes para incentivar a participação das estudantes no campo das artes, e a tendência é que essas experimentações se multipliquem”, finalizou o docente Diego Omar.

Edital