UEA realiza III Simpósio de Práticas Leitoras

Programação do evento ocorreu via Google Meet e teve encerramento presencial no Casarão de Idéias

A Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em parceria com Rede Cachoeiras de Letras de Bibliotecas Comunitárias do Amazonas, promoveu o III Simpósio de Práticas Leitoras. O evento, realizado via Google Meet, tem como objetivo mostrar as atividades extensionistas desenvolvidas ao longo do segundo semestre de 2022 por bolsistas e voluntários do Projeto Práticas Leitoras.

Diferentes cursos e unidades participaram do evento, como: Tecnologia em Mineração e Administração do Núcleo de Ensino Superior de Presidente Figueiredo (Nespf); Licenciatura em Computação do Centro de Estudos Superiores de Itacoatiara (Cesit); Engenharia Química, Engenharia Mecânica e Licenciatura em Computação da Escola Superior de Tecnologia (EST) e o curso de Letras da Escola Normal Superior (ENS).

A programação contou com a apresentação de propostas de clubes de leitura para bibliotecas comunitárias e a presença de profissionais da área do livro, da leitura, da literatura e das bibliotecas, reunidos em um grande intercâmbio de ideias e inspirações para projetos futuros. Além disso, participou do evento um time de convidados da área de produção cultural e de mediação de clubes de leitura que comentaram sobre as apresentações dos trabalhos desenvolvidos nas bibliotecas comunitárias atendidas pelo projeto nesta edição, em diálogo com os comunicadores e o público presente.

O encerramento do evento foi realizado, presencialmente, no Casarão de Idéias e contou com uma roda de conversa sobre a importância da mediação da leitura com Caroline Oliveira e Lidiany Cavalcante, idealizadoras do Clube de Leitura Leia Mulheres Manaus, com a premiada escritora Sandra Godinho, e mediação da professora e escritora Elaine Andreatta. A atividade foi transmitida on-line.

Sobre o Projeto – O projeto é realizado em parceria com a Rede Cachoeiras de Letras de Bibliotecas Comunitárias do Amazonas, que envolve as seguintes bibliotecas comunitárias: Paulo Freire, Casa da Cultura do Urubuí, Portal da Cultura Munguba, Centro Cultural Zé Amador e Centro Cultural e Biblioteca Comunitária BambuLER, no município de Presidente Figueiredo; Biblioteca Comunitária Maria Dolores, no município de Itacoatiara; e a Sala de Leitura do Casarão de Idéias, a Biblioteca José Aldemir de Oliveira (Musa) e Biblioteca do Centro de Ciências e Saberes Indígenas Karapãna, na cidade de Manaus.

De acordo com a coordenadora do Projeto Práticas Leitoras, Prof.ª Fátima Souza, todos os envolvidos nesta terceira edição participaram da homenagem realizada à escritora Maria Firmina dos Reis, feita pela 20ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). “Além disso, as bibliotecas também foram convidados a participar do 3º Ciclo Formativo da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC), de agosto a dezembro de 2022, e puderam receber a entrada da Rede Cachoeiras de Letras na Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias, o que se constitui um desafio para todos que querem colocar o Amazonas no Mapa da Leitura no Brasil. Todos esses eventos são fundamentais para a compreensão da importância da literatura e das bibliotecas comunitárias”, ressaltou.

Caroline Oliveira (Clube de Leitura Leia Mulheres Manaus) -Segundo a convidada e idealizadora do Clube de Leitura Leia Mulheres Manaus, “participar de clubes de leitura como o Leia Mulheres é importante para nos abrirmos para biodiversidade, para sairmos das bolhas literárias”.

Elaine Andreatta – A professora e escritora Elaine Andreatta, como mediadora da roda de conversa no Casarão das Ideias, explica que seja em clubes, rodas de leitura, seja uma conversa em livros, a leitura sempre precisa dar mão à escuta. “Ouvir o outro e compartilhar com ele nossas visões sobre o mundo, mesmo que divergentes, é exercício fundamental para transcender as histórias que lemos.”

Sandra Godinho – Para a escritora Sandra Godinho, sem leitor não há autor. “A leitura compartilhada pelos clubes propicia a troca de pontos de vista diferentes. O que um captou e passou despercebido ao outro. O entendimento diferenciado é que engrandece a obra, desvelando camadas e instigando debates”.

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