Em alusão ao Dia Mundial da Água, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) realiza, nesta quarta-feira (22/03), o evento “Olhares: Sustentabilidade e as políticas de intervenção para enfrentar os desafios da poluição dos igarapés de Manaus”. Na oportunidade, a universidade e o Instituto Rios Brasil (IRBR) lançarão o Observatório dos Igarapés de Manaus (Obim), além da segunda fase do projeto PCD Yara, que irá monitorar e avaliar a qualidade da água dos igarapés por meio dos parâmetros de cor, índice de PH, temperatura, condutibilidade, turbidez e concentração de oxigênio na água.
O encontro, promovido em parceria com o Instituto Rios Brasil (IRBR), ocorrerá na Escola Normal Superior (ENS/UEA), localizada na avenida Djalma Batista, 2.470, bairro Chapada. O objetivo do encontro é discutir sobre a importância da conservação das águas dos igarapés da cidade e o Dia Mundial da Água.
O evento conta, ainda, com o apoio da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), do Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM) e Organizações da Sociedade Civil (OSC’s).
Sobre o lançamento dos projetos durante o evento, o Prof. Dr. Carlossandro Albuquerque, do mestrado em Recursos Hídricos (ProfÁgua/UEA), explica que a ideia da construção do Observatório é dar destaque as ações para viabilizar a gestão sustentável dos recursos hídricos. “O Obim é uma iniciativa de alguns institutos, ONG’s e universidades. O intuito é possibilitar que essas instituições possam acompanhar o estágio de qualidade, degradação, ocupação e recuperação dos igarapés de Manaus para planejar ações que possam promover a preservação e conservação da água”, pontuou.
Em relação ao PCD Yara, Carlossandro revela que a nova fase do projeto terá início no sábado (25/03), na bacia do Tarumã Açu, para monitorar a qualidade dos rios de água preta. “O lançamento desses projetos visa, primeiro, mostrar para a população a importância da conservação do recurso natural chamado água. Ela é elemento fundamental para a vida, então precisamos estar constantemente monitorando a sua qualidade para que possa ser consumida pelo ser humano e também abastecer a agricultura, indústria e outros serviços. Esse evento visa, justamente, mobilizar e despertar a sociedade para o acompanhamento e manutenção desse recurso hídrico”, enfatizou o professor.
PCD Yara
A primeira fase do projeto teve início em dezembro de 2021 e no segundo semestre de 2022, os primeiros testes para monitorar a qualidade da água do Rio Amazonas de forma remota foram realizados no município de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus). A ação é feita por um dispositivo desenvolvido por professores e alunos da UEA. Desde então, a equipe faz o mapeamento, a avaliação e a padronização das informações coletadas nas bacias para contribuir nas soluções e nas políticas públicas voltadas à gestão de recursos hídricos.
O sistema conta com dispositivos eletrônicos que coletam e transmitem, via rede sem fio, informações relativas ao índice de PH, temperatura, condutibilidade elétrica, turbidez e concentração de oxigênio na água. A primeira plataforma foi instalada na orla de Parintins e transmite as informações, em tempo real, para a estação base, localizada no Centro de Estudos Superiores de Parintins (Cesp/UEA).
Interdisciplinaridade – O projeto conta com uma equipe formada por 14 pessoas entre geógrafos, engenheiros, químicos, biólogos, bolsistas graduandos e graduados, todos trabalhando com ações mistas, além da parceria com o mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua/UEA) e o Laboratório de Sistema Embarcados do HUB da Escola Superior de Tecnologia.
Texto: Renata Brito e Gerson Freitas / Ascom UEA
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