A delegação brasileira que esteve presente na Bienal de Dança na África, realizada durante a 10ª edição do Kinani – Plataforma Internacional de Dança Contemporânea, contou com a participação do docente da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) Prof. Dr. João Fernandes Neto, da Escola Superior de Artes e Turismo (Esat).
O evento foi realizado entre os dias 20 e 26 de novembro, na cidade de Maputo, capital de Moçambique. A Fundação Nacional de Artes (Funarte), em parceria com o Ministério da Cultura, foi a realizadora da ação que reuniu o grupo de 12 programadores de festivais de dança ou multiartísticos de diferentes regiões do país.
Segundo o professor João Fernandes, o convite foi feito pela Funarte visando a retomada de tratativas com países de língua portuguesa e, dentre as ações realizadas no evento, estiveram a apresentação de produtos e trabalhos de dança da região Norte; participação em mesas-redondas e conversas com programadores de atividades artísticas com festivais e mostras internacionais.
“Nossa participação é de fundamental importância. Além da visibilidade de ser o único representante da região Norte do País, e de como a universidade pode assumir novos compromissos, ampliando o que fazemos e como podemos atuar na continuidade desses diálogos”, disse o professor.
A delegação foi composta por João Fernandes, diretor do Mova-se Festival, de Manaus (AM): Jacob Bezerra, diretor e curador do Junta Festival, de Teresina (PI); David Linhares, diretor da Bienal de Dança do Ceará, de Fortaleza (CE); Verusya Santos, diretora do Festival de Dança, de Itacaré (BA); Daniele Sampaio, curadora do Cena Contemporânea, de Brasília (DF); Priscila Patta, diretora da Rede Sola, de Belo Horizonte (MG); Nayse Lopez, diretora do Panorama Festival, do Rio de Janeiro (RJ); Estela Lapponi, performer, videoartista, artista DEF e integrante do Grupo de Trabalho Funarte Acessibilidade, de São Paulo (SP); Gabi Gonçalves, produtora do Faroffa, de São Paulo (SP); e Thiago Pirajira, curador do Porto Alegre em Cena, de Porto Alegre (RS). Já os programadores de dança Guilherme Filho, curador do MID Movimento Internacional de Dança, e Sergio Bacelar, diretor do MID Movimento Internacional de Dança, ambos de Brasília (DF), são apoiados pelo Instituto Guimarães Rosa / Embaixada do Brasil em Maputo.
Sobre o evento
O encontro de programadores de dança em Moçambique teve o objetivo de fortalecer o papel da linguagem enquanto ato cultural, artístico, socioeconômico e político, além de tornar perceptível o atual estágio da criação contemporânea de dança. A programação aconteceu em diferentes centros culturais e espaços alternativos da capital do país.
O tema da Bienal de Dança na África 2023 foi “Para além…”. Uma reflexão para além: da pandemia, das fronteiras, da disciplina, das expectativas, das incompreensões. A edição foi um ponto de encontro de diferentes especialidades da dança: coreógrafos, intérpretes, produtores, programadores, técnicos, pensadores, investigadores.