Os projetos de pesquisa e extensão “Educação inclusiva para dependentes químicos: políticas públicas em favor da vida” e “Escola de Egressos”, da Escola Normal Superior da Universidade do Estado do Amazonas (ENS/UEA), realizarão, no sábado (27/04), das 9h às 16h, uma atividade socioeducacional trazendo como tema Pedagogia “Só por hoje”: subjetividades em (re)construção”. Será no Centro de Reabilitação em Dependência Química “Ismael Abdel Aziz”, localizado no Km 53 da rodovia AM-010 (Manaus-Itacoatiara).
O objetivo do projeto é oportunizar ações formativas para dependentes químicos, pautados nos fundamentos da educação inclusiva a fim de identificar pontos de ancoragem entre os pressupostos teórico-práticos da prevenção e do tratamento da dependência, estabelecendo planejamento exequível de ações socioeducativas, mediante as demandas da instituição parceira que atua na prevenção e tratamento.
Foto: Divulgação
Participarão da atividade 18 acadêmicos entre calouros, veteranos e egressos dos cursos de Pedagogia, Matemática, Letras da ENS e dos cursos de Teatro e Música, da Escola Superior de Artes e Turismo (Esat). A ação socioeducacional contará com oficinas de teatro e literatura; iniciação musical; artes visuais e aulas de revisão de Matemática e Língua Portuguesa para os internos da instituição.
A Prof.ª Dra. Osmarina Guimarães de Lima, subcoordenadora de Pedagogia da ENS e coordenadora dos projetos de pesquisa/extensão em tela, é a responsável pela organização da intervenção socioeducacional. Segundo a docente, a universidade contribui com a minimização de modo incisivo nessa problemática, uma vez que essa ação aproxima o acadêmico com a realidade de outras pessoas.
“É uma das características da política universitária de extensão, buscar na comunidade externa elementos factíveis que serão articulados com os saberes e as práticas formativas construídas no seio dos diferentes cursos de graduação da universidade. E tem como força motriz o compromisso de contribuir com a promoção social dos dependentes químicos por meio da educação inclusiva”, explica.
Osmarina Guimarães
Desde a sua implantação, em 2022, o projeto tem a colaboração de voluntários, tais como: egressos de Letras da Universidade Federal do Amazonas (Ufam); engenheiros, psicólogos, professores aposentados e professores da rede municipal de ensino de Manaus (Semed), além de voluntários da rede estadual de ensino (Seduc).
Há 10 anos o centro trabalha na reabilitação de mais de 100 pessoas, entre elas adolescentes, jovens e adultos (homens e mulheres), vindos da capital e de vários municípios do interior do Amazonas. Também recebe pacientes de outros estados e países vizinhos.
Jackeline Monteiro, egressa do curso de licenciatura em teatro da UEA, atua como professora de teatro e literatura no projeto educação inclusiva para dependentes químicos. Ela destaca a importância do autoconhecimento na inserção de projetos. “A importância do projeto vai além de levar as ações socioeducacionais. Mas, sim de me ver enquanto ser humano, reconhecer meus preconceitos para, assim, conseguir desenvolver as atividades. Nas ações de teatro e literatura, os pacientes têm a oportunidade de analisar suas atitudes diante da sociedade”, destacou.
A versão 2024/2025 do projeto de pesquisa e extensão “Educação inclusiva para dependentes químicos: políticas públicas em favor da vida”, move-se pela perspectiva de articulação entre a UEA e outros setores sociais, como secretarias de Assistência Social, de Saúde, de Educação, pastoral da sobriedade, pastoral universitária, além de parcerias com outras unidades de ensino e projetos afins na capital, interior e intercâmbio com universidades brasileiras e estrangeiras.
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Este ano, durante a atividade, serão realizadas filmagens para a produção de um documentário relatando o início do projeto em 2022 e suas participações em eventos locais, nacionais e internacionais, com o intuito de divulgar o resultado de todos os trabalhos realizados.
A coordenadora enfatiza a importância da contribuição da sociedade e das parcerias em divulgar e participar de projetos sociais como este. “As alianças e parcerias entre os diferentes setores sociais são o caminho mais viável para o fortalecimento e universalização dessas ações socioeducacionais, visando contribuir para a educação e ressocialização das pessoas em processo de reabilitação da dependência química”, explica a docente.
Por se tratar de uma atividade de pesquisa/extensão, na perspectiva investigativa o projeto move-se pela seguinte questão: Quais os limites e possibilidades da intervenção socioeducacional contribuem para a inclusão social de dependentes químicos, subsidiando sua recuperação, contribuindo para a promoção de sua cidadania? A sociedade poderá contribuir divulgando as ações desses projetos, bem como aderindo às campanhas promovidas em torno desse tema.
O Projeto está com inscrições abertas para novos voluntários de qualquer curso da UEA. Para participar da campanha, e saber mais informações sobre o projeto, acesse o e-mail no link abaixo:
educauea@gmail.com